Rondando o
fio de ainda existir
As teias
traçadas pela vontade
Inversamente
a dura realidade
À vida que se
deve assumir
E o que é a
vida senão miragem
Misto de
volúpia, desejo e paixão
Enquanto que
a morte não passa de voragem
De ritos,
crenças, consolo e uma doce ilusão?
O que é a
vida senão vazio de morte
Alegrias
artificiais até a comoção
Dependência
eterna e pingo de sorte?
Seria a morte
o eterno vazio de vida
O estagnar em
vácuo sem ação
Ou simples desculpas d’alma prevenida