Resumo
Entre as vilas operárias que surgiram no início do século XX, todas com interesse de
manter os funcionários mais próximo do trabalho, e por consequência, a disposição dos
empregadores, a Vila Maria Zélia no bairro do Belenzinho em São Paulo, se destaca
como modelo quase utópico, não fosse sua existência constatada e documentada,
mantendo-se historicamente como única representante de um modelo socialista e
ousado, defendido por seu idealizador e proprietário, Jorge Street, que revolucionou de
forma ímpar, o relacionamento entre empregado e empregador de tal forma que, ainda
hoje, moradores da Vila o defendem como um tipo de “santo” benfeitor sem igual na
história. Entretanto, precisam ser analisados, de forma imparcial, os interesses que vão
além do paternalismo de Street, que certamente tinha interesses que iam além do
simples desejo de uma melhor divisão do lucro em prol da qualidade de vida dos
operários ou idealisticamente, de fazer “justiça social”, o que ficou marcado na história
pessoal dos moradores e seus herdeiros, hoje divididos entre os que querem, apenas, a
reforma pura e simples de suas casas, e os que desejam a recuperação e restauração do
local.
disponível em: http://www.uniesp.edu.br/faceq/regs/