Enquanto nada submerge
Do fundo atoledo do ser
Escurece ainda mais
O alvorecer do tempo
Esclarece a triste demência
Humana e limitadora
E face ao fio da lâmina
O risco, o corte, a ausência
A falta que tanto faz
Por causa da tal paciência
Somatizando-se ao fugaz
No canto longínqua existência
Esvazia-se de tudo mais
Tornando mera abstinência