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domingo

Ronaldo Vieira

SEM TÍTULO (04.06.2007)
Repasso os olhos por diversas vezes
Em busca do detalhe visado
Do algo
Feito palavra na ponta da língua

Coisa que aponta no coração e mente
Enganando a alusão da certeza
Novamente perdida na busca

Eterna busca pelo simples
Mas, o simples-mente
Decidido a inexistir
Ou tornar-se o eterno subjetivo?

Repasso cada passo
Mentalmente e amavelmente
Ilude-me no que pensei

Iludido
Busco socorro onde me condena
No esquecimento; simplesmente,
Enquanto mergulho na busca.
do livro "Essência de tudo"

quinta-feira

Poesia concreta

Poesia pós-tudo
Augusto de Campos



pluvial / fluvial (1954-1960)




pós-tudo  (1984)


nãomevendo (1988)


pós-soneto (1990/91)


Paulo Leminski

Pichações de Leminski em São Paulo: "Poesia Pichada" e "Matéria é Mentira"

Muro pichado com poemas de Paulo Leminski
Créditos ao site "O Guia Verde", que registrou.

segunda-feira

Ronaldo Vieira

A ignorância é realmente uma triste ventura
Não saber torna-se um tipo de repulsão
Enquanto que o mínimo saber atenua
No dito “homem” quase toda aversão

Mas isso não é poesia, talvez filosofia...
Filosofia barata, de banca de jornal
De pensar superficial e sem finalidade
De letras, palavras e frases sem vontade

Verdade... A busca eterna ensimesmada
Tal qual a mentira, iguala-se a verdade
Igualando-se ao tudo, somado: O nada!

Àquilo que tristemente intitula-se realidade
Certamente o supra-sumo fadado
A ser nada mais, nada menos que o reflexo da vontade!

parte 22 do poema Vacuidades do livro"Essência de tudo"