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quarta-feira

vacuidades - parte1/23

O vazio desce, suplanta emoções
Abre o peito calado
Aquiesce o imortal peso dos pensamentos
Outrora poucos
Agora obesos, grandes, gulosos, enormes
E, no entanto... Pequenos, ínfimos
Em relação ao vazio
Enorme vazio que a tudo preenche
Eu, a vida, a hora e o nada
E cria galáxias infinitas, campos,
Enormes desertos indistintos em mesmice
Sempre iguais; paisagem desesperada
Lugar de sentir e jamais enxergar
Longe do olhar, da visão, do fisiológico
Do humano ato de apreciar belezas
Pressentir aos poucos a evaporação
Esvaindo do meio o sentido
Até que o vazio a tudo oculte
De resto: a casca, os órgãos perfeitos
Funcionais e sem a beleza de sentir.
do livro: ESSÊNCIA DE TUDO

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