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quarta-feira

Segestão de leitura 2: O agente de Deus - Ronaldo Vieira

O AGENTE DE DEUS: Ronaldo Vieira 
O desenrolar dessa história acontece em São Paulo na década de 70, e conta a história de Fred, um jovem que se converte ao cristianismo, e a partir desse fato, acredita que é um representante “direto” de Deus na terra; um tipo de agente vingador, que se utiliza das escrituras para justificar seus atos criminosos.

segunda-feira

Conto: Características do gênero literário. Por Heidi Strecker*

Conto: Características do gênero literário - Heidi Strecker*


Reprodução
Capa do livro Laços de Família
O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional. Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo.

Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais curto que a novela ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. O conto é conciso.

Grande flexibilidade

Por outro lado, o conto é um gênero literário que apresenta uma grande flexibilidade, podendo se aproximar da poesia e da crônica. Os historiadores afirmam que os ancestrais do conto são o mito, a lenda, a parábola, o conto de fadas e mesmo a anedota.

O primeiro passo para a compreensão de um conto é fazer uma leitura corrida do texto, do começo ao fim. Através dela verificamos a extensão do conto, a quantidade de parágrafos, as linhas gerais da história, a linguagem empregada pelo autor. Enfim, pegamos o "tom" do texto.

Primeiros passos

Podemos perguntar também: Quem é o autor do texto? Seja na internet, numa enciclopédia ou mesmo nos livros didáticos, é bom fazer uma pesquisa sobre o autor do conto, conhecer um pouco sua biografia. É um autor contemporâneo ou mais antigo? É um autor brasileiro ou estrangeiro?

O conto quase nunca é publicado isoladamente. Geralmente ele faz parte de uma obra maior. Por exemplo, o conto "Uma Galinha", de Clarice Lispector, faz parte do livro "Laços de Família".

Seguindo adiante

Depois dessas primeiras informações, podemos fazer uma leitura mais atenta do conto: elucidar vocábulos e expressões desconhecidas, esclarecer alusões e referências contidas no texto. Também podemos pensar no título do conto. Porque o autor escolheu este título? Este esforço de compreensão qualifica - e muito - a leitura. Torna o leitor mais sensível, mais esperto.

O passo seguinte é fazer a análise do texto. No momento da análise o leitor tem contato com as estruturas da obra, com a sua composição, com a sua organização interna. Para analisar o texto, é bom observar alguns aspectos da sua composição. Algumas perguntas são muito importantes: Quem? O que? Quando? Onde? Como?

Ronaldo Vieira


PASSEIO EM PASÁRGADA
Se fosse pra Pasárgada
Certamente iria com o poeta e o rei
Sendo que Bandeira é o poeta
E Ciro o rei

Se fosse pra Pasárgada
Certamente iria a passeio e aventura
Que nunca tive e que todos merecem
Creio

Se fosse pra Pasárgada
Na beira do rio, nos banhos de mar
Com “aquelas mulheres” até a noitinha
Meu passeio se tornando aos poucos passado...

Se fosse pra Pasárgada
Ah; teria o que contar: Histórias alucinantes
Alucinógenas, enfim; cada gota do vinho á mesa,
E a infeliz e real certeza que estava a passeio e Pasárgada
do livro: Uma viagem pra Pasárgada

No natal - Crônica de Ronaldo Vieira

As coisas mais belas do mundo são as coisas particulares, que somente nos podemos ver! Talvez seja um pouco de egoismo dizer isto, mas e a respeito do sentimento de ver, que nos lembramos de algo, ou alguem em particular. 
- Ja vão! De novo vou ficar so. Foi o que me disse Maria, com um sorriso amarelo... Tentava, (Acho eu!) transmitir toda frustração que sentia naquele momento, por não ter conseguido com sua luta de muitos anos, fazer. Tentava me dizer que era justamente nessa data que mais sofria com todo o peso de sua incapacidade sobre aquele homem, que justamente nos dias que antecedem o natal, bebia... e isso a corroia por dentro. 
Apesar de nesse ano, e de algum tempo para ca, ele beber e não fazer o escarceu de palavras que costumeiramente faziaç apezar de ter amenizado suas palavras... de ter em certo memento, ate se arrependido do quefez anteriormente, ele continuava a beber! 
Não bebia como um alccolatra inveterado, mas sim como um apreciador da coragem que o alcool lhe dava; parecendo que apos alguns tragos a bebida lhe revestia de uma couraça, que o protegia do mundo, e por issoç criava coragem para falar tudo o que sempre quis, ou teve vontade, ou não! Não sei... 
Ele jamais falou, e acredito nunca falara para alguem qual o verdadeiro motivo que o leva a beber! 
Maria correu como uma doida para servir a todos os filhos, os netos, e parentes que lotavam seu sitio. Amenizava tudo, ajeitava a todos e tudo foi realmente bom! 
Um belo natal com o verdadeiro espirito de natal, onde seus familiares se reuniaram com o unico proposito de estarem juntos e comemorarem, (mesmo sem saber) a vinda de Cristo. So sinto pena dos que (talvez como eu) saem de casa com uma intençao e ao chegarem no local de comemoraçao, se esquecem do motivo pela qual estão ali. 
Talvez fosse isso que Maria tentava me dizer, quando disse que ficaria só! 

Editado na II antologia Grandes Nomes da literatura Brasileira - Phenix Editora. 

quinta-feira

Ronaldo Vieira

ÊXODO RURAL (19.04.2007)
...Igual nosso sinhô
De braço esticado
E pescoço meio de lado
Esses trabalhadô

do livro Essência de tudo

quarta-feira

Ronaldo Vieira

VIVER DE GESTO – (24.05.2007)
Tacanho, banal, mas, honesto?
Melhor viver de verso
Pequeno, banal, talvez honesto?

Confesso!
Nem verso, nem gesto;
Desonesto coração...

do livro Essência de Tudo